sexta-feira, 20 de maio de 2011

Batatas

Hoje fui fazer compras para minha mãe, que não se sentia muito bem, o primeiro item da lista: batatas. Parece simples atender a esse pedido, mas por incrível que possa parecer, não haviam batatas no mercadinho onde costumo fazer compras. Fui a três lugares diferentes, e as batatas que estavam à venda, todas em péssimo estado. Consegui selecionar algumas com dificuldade. O comerciante afirmou que a chuva e o calor excessivo são os causadores da falta, ou da má qualidade dos produtos. Fui pesquisar e encntrei muitas variedades de batatas: ACHAT - ATLANTIC - BARAKA - BARONESA - BINTJE - CATUCHA - CONTENDA - ELVIRA - ITARARÉ - JAETTE-BINTJE - MARIJKE - MONALISA Comecei a pensar em quanto somos abençoados em viver em uma cidade com tanta fartura e variedades. Mesmo sofríveis as batatas poderão ser transformadas em um purê, salada, bolinhos, sopa e em muitas outras opções até onde vá a nossa imaginação. Por conta das batatas, lembrei-me da história que me contou uma amiga, que há muito não vejo, que passou quando criança, pelos horrores da guerra. Ela contava que não havendo alimentos, sua mãe levava a ela e aos irmãos, nas proximidades da linha do trem. Os trens carregavam os soldados que jogavam ao longo dos trilhos, sobras da preparação dos seus alimentos, entre elas cascas de batatas. Contava-me ela que eles as recolhiam, sua mãe as lavava muito bem, as assava ou as cozinhava para que eles delas se alimentassem. Dizia ela que as cascas de batatas eram utilizadas também aplicadas na testa para dores de cabeça, ou em banhos para aliviar dores. Vejam só, simples batatas que também me fizeram relembrar histórias e compartilhá-las com vocês.

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